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Refeições tradicionais populares

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“Os nomes portugueses das comidas são: a  parva , o  almoço , a  côdea , chamada também  fatiga  ( fatia ), o  jantar  (pronúncia popular:  jentar ,  jintar ), a  merenda , a  ceia  e o  ceiote  (pronúncia popular:  cióte , verbo  ciotar ). A  parva  consta de pouca comida, como azeitonas com pão e aguardente, e dá-se antes do almoço aos trabalhadores, os quais dizem então que vão  matar o bicho  ( Beira Alta ). O  almoço  é a comida da manhã. A  côdea  é uma pequena refeição entre o almoço e o jantar (Carrazeda de Anciães). O  jantar , nas aldeias, é geralmente à hora do meio-dia. A  merenda  (só há  merendas  desde 25 de Março até 8 de Setembro) é à tarde. A  ceia  é ao anoitecer. O  ceiote  é geralmente à meia-noite, e dá-se aos homens que andam em certos trabalhos, como de lagar, etc. (Tabuaço). Em algumas partes é costume dizer certa oração ao começar a comer. Nos conventos liam-se em voz alta livros espirituais durante a comida […]. O uso de dar graças a Deus no fim do jantar

Em defesa dos Trajos Regionais e Tradicionais

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Mulher dos arredores de Viana do Castelo - cerca de 1909 Em defesa dos  Trajes  Regionais e Tradicionais Os trajos que qualquer Grupo de Folclore apresenta definem, ou deviam definir, sem ambiguidades, a região etno-folclórica a que o mesmo pertence e que pretende representar, em sintonia com as danças , os cantares e até os instrumentos musicais . Infelizmente, isto está longe de acontecer com diversos Grupos de Folclore, de Norte a Sul do País, nas Regiões Autónomas e nas Comunidades de Portugueses espalhadas pelo mundo. Felizmente, também há muito Grupos de Folclore que se prezam em apresentar com autenticidade os trajos da respetiva região, independentemente dos tecidos, dos cortes, dos adereços, etc., que possam ou não ser menos vistosos, coloridos ou “ricos” relativamente a outras regiões. No âmbito do trabalho de pesquisa realizado pela Equipa do Portal do Folclore Português , encontrámos um artigo de opinião da autoria do Sr. Álvaro V. Lemos , escrito em Março de 1

Distrito de Vila Real: Artesanato

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Alguns dos últimos conteúdos disponibilizados no Portal do Folclore Português foram sobre o Artesanato do distrito de Vila Real : Tecelagem “ O Bragal ” – tecido de puro linho , nasce de um ciclo trabalhoso, a que ainda é possível assistir em alguns pontos do distrito de Vila Real. Entre Abril e Maio, a semente – a linhaça – é lançada à terra, cuja preparação para a receber exige inúmeros cuidados – vessada .  São necessárias as regas certas e muito saber, não vá o tempo pregar   alguma.  (...) Olaria Olaria diz-se da arte de oleiro que é relativa a “panelas”, de barro. Para o povo transmontano, a Olaria passa, não só, pela componente decorativa, como também se afirma como utilitária, exprimindo-se em formas simples e funcionais. Faça-se especial destaque para a “ louça preta de Bisalhães ”, pertencente ao concelho de Vila Real, datando as primeiras peças de 1722. (...) Cestaria O cesteiro e o cesto são figuras habituais em qualquer contexto rural.  Em tempos em que os ma

Trás-os-Montes - Vinhos e comidas: uma culinária trasmontana suculenta e vigorosa

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«A culinária trasmontana é suculenta e vigorosa.  É o tradicional cabrito assado com o arroz no forno; é o complexo cozido-à-portuguesa, em que entra tudo: o naco de presunto, o salpicão, a galinha, o toucinho, a farinheira, a par dos mais tenros mimos da horta, desde a couve-flor ao alvo repolho.  Noutras ocasiões, nas quadras do frio, aparece a formidanda travessa das alheiras , rodeadas de batatas alouradas e dos complementares montículos de grelos.  A luta contra o frio, aí, faz-se por esses antigos processos de aquecimento central.  Para cortar as gorduras, recorre-se a outro complemento: são os bons vinhos, límpidos e fortes (de 12 a 13 graus), que se colhem nos socalcos do Corgo , do Pinhão ou do Tua .  São vinhos inimitáveis, que, em silêncio, se riem filosoficamente de todos os chamados vinhos da Califórnia. Em regra, no final do bom repasto trasmontano, aparece uma pequena tigela de marmelada, de fórmula conventual ou caseira.  É um mimo que fica ao lado do cálice do velh

Festas em honra de S. Sebastião - 20 de Janeiro

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No dia 20 de Janeiro celebram-se, um pouco por todo o país, festas em honra do Mártir São Sebastião . São Sebastião é um santo " protector contra a peste " e " padroeiro dos arcabuzeiros e dos soldados, dos entalhadores de pedra, dos mestres de tapeçaria, dos jardineiros e dos bombeiros ", e pouco mais se sabe do que o seu suplício, quando o amarraram a um poste e crivaram de flechas, cerca do ano 302-304, e do que o seu enterro nas catacumbas da Via Appia, em Roma, no tempo do imperador Diocleciano. Em algumas aldeias do concelho de Boticas (região de Barroso, no Norte do distrito de Vila Real), com características comunitárias muito próprias, ainda há quem, neste dia, tudo faça para preservar algumas tradições, com destaque para a Mezinha de São Sebastião . Também em Sta Maria da Feira se celebra uma grande festa em honra este mártir, com inúmeras actividades, sendo de destacar a Bênção das Fogaças (doce regional, feito com farinha de trigo e cujo forma

Entrudo ou Carnaval e tradições populares

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Neste ano de 2013, vamos celebrar o Entrudo a partir do próximo dia 10 (Domingo) até ao dia 12 de Fevereiro (Terça-feira Gorda).  E é assim mesmo: em Portugal devemos celebrar o Entrudo , pois o Carnava l celebra-se no Brasil, em Veneza, pelo mundo fora.  Mas em Portugal o Entrudo é que é (apesar dos Desfiles ou Corsos Carnavalescos made in Brasil que teimam em impor-se de Norte a Sul do país)! Basta darmos um salto até Lindoso , Ponte da Barca, para podemos celebrar o Entrudo do Pai Velho ( tradição ancestral que repesca as raízes do verdadeiro Carnaval Português ).  Em Podence (Macedo de Cavaleiros) podemos festejar o Entrudo Chocalheiro ou Festa dos Caretos , e em Lazarim (Lamego) podemos festejar o Entrudo dos Compadres , com os respetivos Caretos . Também na Madeira e nos Açores o Entrudo pode ser festejado de acordo com as tradições populares locais, mais ou menos ancestrais. Há quem afirme que os covilhetes e os pastéis de toucinho (às vezes impropriamente chamad

Etnografia em imagens - actualizações

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No blog Etnografia em Imagens foram colocadas imagens relacionadas com profissões antigas e que já caíram em desuso: - As Aguadeiras de Vila Real Os primeiros dados do abastecimento de água organizado a  Vila Real  remontam ao ano de 1905. O sistema então utilizado era composto por diversos fontenários espalhados pela cidade, com origens próprias, sendo os principais e mais importantes os situados  - junto à  Sé Catedral , hoje no Largo de Camões [ vai ser colocado no local original ],  - o da  Carreira Baixa  frente ao [Restaurante] Espadeiro  - e o de  S. Pedro  junto às actuais escadas. A distribuição de água à população mais abastada era assegurada diariamente por aguadeiras que levavam aos clientes cântaros de um almude (30 litros) cobrando 120 Reis por mês.  Saber mais - O Soqueiro ou Tamanqueiro Saber mais - O Cesteiro Saber mais Sugestões: Danças do Povo Português, por Tomaz Ribas Na romaria da aldeia (versos populares) Trajes tradicionais femininos da Madeira (

Arquitectura Popular em Portugal

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“ Nas cidades medievais ou no campo, no litoral norte ou no estremo sul do país, o engenho popular foi, ao longo dos séculos, desenvolvendo soluções construtivas e tipologias. Factores determinantes: o espaço disponível, os materiais existentes na região e as condicionantes climáticas.  Com a Revolução Industrial surgiria a necessidade de alojar as cada vez mais numerosas classes trabalhadoras, expressa nas «vilas» e bairros operários .» In “Guia Expresso” – O melhor de Portugal: Casas – Arquitectura Popular, Solares, Moradias Arquitectura popular do Minho Absorvido pela terra que o alimentava, a si e à sua família, o minhoto pedia à casa só um abrigo, sem luxo nem conforto. Mas o desenvolvimento da lavoura e uma vida de maior desafogo vieram exigir mais daquela que passou a ser também a sua habitação. Saber mais... A arquitectura e a engenharia na criação da casa tradicional A concepção de casa tradicional do ponto de vista arquitectónico assenta na reunião das

Festas, Feiras e Romarias de antigamente

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A Romaria da Senhora do Pilar «A romaria da serra do Pilar é das mais concorridas. Fazem-se ali mercados e as raparigas do Porto e arrabaldes improvisam bailes em que também volteiam os soldados da fortaleza.  A tradição conserva-se para as feiras e para o foliar naquele canto pitoresco da paisagem, onde há tantos anos se faz a romaria.  Este ano, como de costume, foi enorme a concorrência, tendo-se feito excelentes negócios e magníficas transações.»  Saber mais Romaria do Senhor de Matosinhos em 1914 Inquestionavelmente, é a terra de Entre-Douro e Minho a que oferece aos olhos estáticos do turista as mais lindas e variadas paisagens portuguesas, e que procria a gente mais divertida, mais foliona, mais alegre de todos o país.  Foi talvez observando os usos e costumes das povoações do Norte que os franceses engendraram esse velho e tão verdadeiro provérbio: « Les portugais sont toujour gais ».  Saber mais Feira de Santo António em Vinhais A f eira de Santo António em Vin